domingo, 19 de outubro de 2008
Não te entendo, não quero te endender, me esqueci de quem você era por me julgar a querer saber, eu me sinto arrogante por querer te mostrar aquilo que não consigo ainda viver, você não vê em mim o que pretende viver...não há sonhos, nem caminhos traçados...há apenas desencontros, mostrai-me Senhor novamente o caminho para poder retomar aquilo que tenho perdido,deixado escorrer pelos dedos sem querer transbordar...Não sou digna de Ti, de nada entendo de Ti para poder te levar aos outros. Convertei-me Senhor a cada instante, pois tão longe me sinto de Ti para poder ser Luz para os outros, que mesmo na escuridão a sua luz lá longe seja a minha referência. Me perdoe por tanto falar pouco viver. Não fazei-me capaz, mas, humilde para reconhecer que nada sou mesmo, e sem Tu, nada conseguirei ser.
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2 comentários:
Não entendas humildade como sinônimo de inferioridade. Ser humilde é ter transcendido as coisas do mundo, ou seja, é ter assumido o Poder!... Isso é que é ser humilde. Ou, se quiseres, ser o "manso" que herderá a Terra. O manso é aquele que transcendeu o conflito e tem o coração em paz. Isto é, aquele que, conscientemente, descobriu Jesus dentro de si. Como vês, é muito simples. Mas só passa a ser simples depois de a sala ter sido esvaziada de tudo o que estava mais. É aí que se percebe a beleza do despojamento. Enquanto a sala está cheia, toda a energia é gasta em gerir a confusão.
TODOS SOMOS UM
Para quem sabe que assim é não é necessário dizer "amai os outros como a vós mesmos", porque esta frase implica separatividade, dualidade. Quer isto dizer que, na sua negativa, é possível não amar os outros como a vós mesmos ou não amar a vós mesmos como amam ou outros... Aliás, foi exatamante porque não conseguiram amar a vós mesmos que tão desesperadamente tentaram amar os outros!... Então, facilmente se compreende - e agora têm a capacidade de compreender - que não é possível fazer outra coisa senão amar os outros como a vós mesmos. Isto pressupões que a atenção deve estar focada, não no "amar ou outros", mas no "amar a vós mesmos", pois esta frase estabelece um medida para os "outros", em função da medida em que se amam a vós mesmos... Se se amam pouco, amam os outros na mesma medida!
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É bem verdade que há seres com distintos níveis de luz. E baixos níveis de luz têm sido comparados com a maldade e com a obscuridade. Mas vocês também já receberam informação, emitidas por outros canais, de que não é assim. Esses são seres apenas com consciências pouco iluminadas, sendo que essa falta de iluminação poderá levá-los, de fato, a atitudes correspondentes a esse nível de vibração. Mas... o que é que uma candeia apagada pode fazer a uma candeia acesa?... Aqueles que têm consciência de serem uma candeia acesa não podem ver uma ofensa vinda de uma candeia apagada! Essa é a essência do perdão: NÃO VER A FALTA!... É isso que significa "dar a outra face". Um face está na obscuridade, outra face está na luz. Quem está na luz, ao defrontar-se com alguém que lhe mostra a face obscura, não pode deixar de responder dando a outra face. Não é uma questão de escolha, é uma questão de espontaneidade!
Então, se a frase é "não chegareis ao Pai senão por mim", não chegareis à luz senão pelo perdão. E foi isso que Jesus manifestou na Terra não se defendendo, pois fora preparado para continuar a ver, nos Humanos que o maltraram, os seus irmãos. Não irmãos terrenos, mas irmãos em Espírito. Ora, acontece que alguns desses irmãos em Espírito optaram por se manifestar no plano físico com uma consciência pouco iluminada, o que os levou a fazer o que fizeram.
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O mestre, realmente, já não tem "botões de ego". Muitas vezes, a atitude mais apropriada é não fazer absolutamente nada; outras vezes, apenas expressar um sorriso de reconhecimento. Isto é o que foi conhecido como "dar a outra face". Nesta frase, nunca se tratou de uma pessoa se permitir ser agredida repetidamente em nome de Deus, rolando pelo chão, sem se levantar em prol da verdade. Ao contrário, significou "saber ao que era importante reagir e ao que não era". Você pode ficar parado durante todo dia com a Humanidade a gritar aos seus ouvidos, sem que isto afete a sua verdade. Portanto, de quem é o problema?... Óbvio: o problema é dos que estão a gritar e não seu. São eles que estão aborrecidos! Nesta situação, se alguma coisa poderia ser dita, o mestre diria: "Sinto muito que esteja a ter um dia tão desagradável. O que posso fazer para ajudar?" Compreendem isto?... "Dar a outra face" é uma afirmação relacionada com o fato de você exercer a sabedoria sobre a energia que o confronta si... não é um convite para suportar o abuso.
Passeando por aqui, encontrei esse comentário, seguem meus comentários cunhadão: o texto argumenta que devemos amar a nós mesmos e nisso ter a medida para amar os outros, já que somos todos um e amando-me, amaria aos outros. Além de ferir o princípio básico de que “eu não sou os outros”, que o texto depois afirma se contradizendo ao falar de “diferentes níveis de iluminação” - ora ,como haveria diferentes níveis se somos todos um? – ele ainda deixa em aberto uma questão lógica: quanto devo me amar? Se eu sou a medida de todas as coisas, então porque não tenho em mim a resposta sobre como agir e a procuro fora, alguns, numa contradição absurda, procuram fora alguém que lhe diga que a “resposta é ele mesmo”. Ora, se procurei a resposta fora de mim por um impulso natural e precisei que alguém me falasse que está dentro de mim, quando minha consciência diz que não, será que minha busca interior é pura esquizofrenia?
O texto diz ainda que a essência do perdão é não ver a falta e que essa seria a mensagem do Evangelho sobre a remissão dos pecados. Ora, a palavra per-dão já traz em si a resposta. “Dom perfeito” é dom restituído àquele que perdeu algo quando diminui sua natureza agindo mal. Perdoar não é ignorar, é restituir. E Deus restituiu a vida aos homens dando sua própria vida em resgate de muitos. E para restituir, é necessário ter claro o que se perdeu. Por isso S.Paulo fala que a Lei deu consciência do pecado, mas a graça e a misericórdia vieram por Cristo, assim a Lei, o decálogo, serviu para formar na consciência do homem os parâmetros do bem, como um farol no caos da humanidade. Esta Lei, por si só, não poderia fazer o homem bom, pois era tábua de pedra, mas o Amor de Cristo e a doação de sua vida por nós, primeiro na Cruz e depois difundida pelo Espírito Santo, este sim poderia nos restituir, remir os pecados, tornando-nos bons como Deus é bom. Além disso, a impassividade de quem não vê uma falta é indiferença, o Amor não é indiferente. Vendo o mau em que alguém se perde, Ele se comove, age, corre atrás, como um apaixonado tanto que “Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único para a remissão de nossos pecados” e S. Paulo diz ainda que o fez quando éramos “inimigos de Deus”...se o verdadeiro perdão fosse indiferença e se Jesus assim pensasse, então porque teria ele “descido do trono e não permanecido impassível em sua realeza”? Muitos pensam somente no “ver o erro” como motivo de condenação, Deus pede para “vermos os erros”, não para condenar, mas para salvar e não deixar que ninguém se perca.
Por fim, o texto, de aparência agnóstica – que aliás o magistério católico combate desde o século I e alguns concílios já reprovaram – tem alguns elementos genuinamente cristãos, mas misturados com um misticismo que nada tem a ver com cristianismo, próprio da mistura da fé com algumas tendências orientais equivocadas. O problema desse pensamento é que afirmando graus de iluminação, o individualismo do ter em si mesmo as respostas e a impassividade, elas criam a receita para o orgulho e falta de diálogo autêntico. Negam que Jesus escolheu homens simples e pobres, que continuaram simples e pobres, que Ele foi criança, que teve vontade humana - “no horto: faça-se a vossa vontade e não a minha” – que chorou, que lamentou sobre Jerusalém – “Eu quis juntar vocês como a galinha faz com os pintinhos sobre as asas...”, se revoltou derrubando as bancas no templo...Jesus foi verdadeiro Deus e homem...e nos ensina a ser homens bons, ordenados, não impassíveis, sem emoções e sem paixão.
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